quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Dicas para os pilateiros na hora do exercício

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A ciência já confirma que o Pilates é um ótimo recurso terapêutico, usado na reabilitação, prevenção de quedas, além de ser um exercício eficiente para ganho de força muscular, flexibilidade, melhora das capacidades respiratórias e equilíbrio. O método também tem benefícios psicológicos, como a melhora da qualidade de vida, motivação e sensação subjetiva de bem estar. Mas que tal aumentar ainda mais os ganhos com a prática do Pilates? Com base nos estudos em Gerontologia Preventiva, veja algumas dicas para otimizar os resultados:
Caminhe até o estúdio
Se o seu objetivo com a prática de exercício físico é emagrecer ou combater o estresse, uma boa opção é ir caminhando até o local onde você pratica o Pilates. Uma caminhada sutil aumenta o gasto calórico da aula, libera endorfinas, substâncias que geram bem estar, e oportuniza um momento de prazer.
Coma antes e depois da aula
Faça um lanche pré-aula, quarenta minutos antes, com algum carboidrato de baixa caloria. Isto vai te dar mais energia para a prática. Faça um lanche pós-aula, rico em proteínas. Isso vai otimizar os ganhos em força muscular.
Exponha-se ao sol
Estudos recentes demonstram uma melhora na densidade dos ossos nos praticantes de Pilates. A exposição regular à luz solar, metaboliza vitamina D, estimulando ainda mais a saúde óssea.
Diga como se sente
Ao chegar na aula de Pilates, diga ao seu Instrutor como você se sente, isso o ajudará a prescrever os exercícios ideais dentro das suas queixas pontuais.
Beba bastante líquido
Tome pequenos goles de água durante a sua aula. Um bom estado nutricional associado a uma boa hidratação também otimizam os ganhos da prática.
Pratique em casa
Peça ao seu professor que ensine exercícios para serem executados ao acordar ou antes de dormir. O Pilates nesses momentos do dia pode motivar e aliviar as dores ou melhorar a qualidade do sono. Cinco a dez minutos são suficientes.
Desacelere-se
Desligue-se das preocupações do dia a dia, respire profundamente, pense positivo, crie uma “aura” prévia favorável à prática do Pilates, assim você já começa a aula no bioritmo ideal.
Preocupe-se com uma boa alimentação, livre-se dos excessos de gorduras, inclua os peixes, diminua o sal, não fume, e principalmente: seja assíduo às aulas. Otimize seus ganhos e apaixone-se ainda mais pelo Pilates!

Por Cristiano da Costa Flôres
Fisioterapeuta CREFITO 137.144/F
Mestre em Gerontologia Biomédia e Instrutor de Pilates

Venha fazer PILATES com a gente!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Cuide do seu intestino com Pilates!


É raro encontrar uma pessoa que não tenha problemas com o intestino. Umas se queixam de que é preso demais; outras, de que seu funcionamento é absolutamente imprevisível. A maioria das queixas, porém, vem das mulheres. Grande número delas reclama de intestino preso, ou obstipação intestinal. Em alguns casos, esse problema é físico, mas em outros decorre de fatores psicológicos e emocionais.
Tão forte é a influência do intestino sobre o nosso organismo que esse órgão é tido nos meios científicos como o “segundo cérebro”. A expressão foi cunhada pelo médico americano Michael D. Gershon, do Departamento de Anatomia e Biologia Celular da Columbia Univesity Medical Center, em Nova York. Depois de 30 anos de pesquisas, Gershon conseguiu identificar a interatividade entre os neurotransmissores produzidos no intestino, chamado por ele de órgão inteligente, e as nossas emoções, cuja sede é o sistema límbico, localizado no cérebro. Portanto, atribuir a prisão de ventre apenas ao tipo de alimentação é um erro.
Embora sejam independentes, os sistemas nervoso central (localizado no cérebro e na medula espinhal) e o entérico (intestinal) “conversam” entre si. Sabe aquele incômodo na barriga relacionado a ansiedade em determinadas situações, acontece por causa da conexão direta entre os neurônios circulantes no tubo digestivo e no cérebro ( o chamado eixo cérebro-intestinal, que funciona como uma via de mão dupla). A ansiedade, gerada pela expectativa do grande dia, se reflete no intestino, que tanto pode travar como desandar. Isso porque esse sentimento altera a produção de serotonina e desorganiza as ondas peristálticas. Alterações na produção da serotonina também estão por trás da síndrome do intestino irritável, uma das principais doenças que afetam o intestino.
Não se deve encarar o mau funcionamento do intestino como algo natural. É preciso estar atento e procurar atendimento médico se houver sangue ou muco nas fezes, distensão e cólicas abdominais e elevação da temperatura 
O intestino é um órgão do trato gastrointestinal dividido em duas porções: delgado e grosso. O intestino delgado é a porção primária do intestino e é responsável pela digestão e absorção de nutrientes, enquanto o intestino grosso é a segunda porção do intestino e é responsável pela absorção de água, sais e vitaminas. Este órgão pode ser afetado por doenças como fibrose cística, doença celíaca, doença de Crohn, colite ulcerativa, síndrome de intestino irritável, diverticulose e câncer (MAHAN e ESCOTT-STUMP, 2002).
Sabe-se que o exercício físico auxilia na promoção de uma vida saudável e na melhora da capacidade funcional, porém, ainda é pouco o que se sabe sobre seus efeitos nas doenças inflamatórias intestinais (D’INCA et al., 2000).
É sabido que o exercício físico proporciona movimentos no intestino grosso e mudanças hormonais, que provocam efeitos mecânicos no intestino, facilitando o peristaltismo. Além disso, a atividade física é responsável também por melhorar o tônus muscular pélvico e abdominal, facilitando a expulsão do bolo fecal (COTA e MIRANDA, 2006). Evidências recentes obtidas em estudo laboratorial mostraram que a prática habitual de atividade física moderada protege o íleo de camundongos contra os efeitos do envelhecimento (LIRA et al., 2008).
Estudos epidemiológicos têm demonstrado que a atividade física regular praticada em quantidade apropriada apresenta uma associação significativa com a redução do risco para o desenvolvimento de câncer de cólon em até 40% entre os indivíduos mais fisicamente ativos. Em contrapartida, tem-se observado que o exercício físico exaustivo aumenta a produção sistêmica de radicais livres, com conseqüente aumento dos danos oxidativos ao DNA, além de deprimir a função imune global, eventos estes, relacionados ao aumento do risco para o desenvolvimento de câncer (DEMARZO, 2005).
Quanto ao sedentarismo e a constipação intestinal idiopática, a recomendação de atividade física regular é ainda assunto controverso. Dado este, confirmado por meio de estudos que avaliaram a relação entre estes fatores (WANNMACHER, 2005). Em estudo realizado por DALEY et al. (2008), os resultados foram positivos, destacando até a possibilidade de que o exercício seja uma intervenção eficaz na minimização dos sintomas em pacientes com síndrome do intestino irritável, que pode ser o caso dos pacientes com constipação predominante.
A escolha do método Pilates como atividade física, pode contribuir também para o equilíbrio da mente e do corpo, além de ajudar no controle da ansiedade. Os movimentos do Pilates trabalham e fortalecem principalmente a musculatura de sustentação do abdômen, lombar, assoalho pélvico e glúteos. Esses músculos são responsáveis pela melhora da postura, aliviando dores nas costas e consequentemente auxilia a saúde do orgão intestinal.
De forma geral, CHEN e NOBLE (2009) confirmam a existência de hipóteses que associam o exercício a diversos benefícios do trato gastrointestinal, porém, sugerem que mais estudos experimentais são necessários para confirmar tais afirmações.
Confira as dicas para evitar a prisão de ventre:
  • Mexa-se! Não esqueça que os intestinos são músculos. Se você passar o dia sentada, seu sistema digestivo fica lento. Estudos indicam que as pessoas sedentárias são 3 vezes mais passíveis de sofrer de prisão de ventre. A prática de exercícios físicos aumenta o fluxo sanguíneo no abdome e estimula os movimentos intestinais.
  • Descanse bem!
  • Pare tudo e vá ao banheiro! Ao sentir necessidade, quanto mais tempo você demorar a ir ao banheiro, mais água é absorvida, e mais duras ficam as fezes.
  • Beba muito líquido! Tome líquidos em todas as refeições. Inclua no seu dia-a-dia alimentos líquidos, como sopas e molhos, além de água, leite desnatado e sucos.
  • Consuma alimentos ricos em fibras todas as refeições! Mas se você não tem o hábito de comer fibras, comece com pequenas doses, para não causar um desarranjo intestinal.
  • Certifique-se de que sua alimentação não esteja pobre demais em gorduras! As gorduras podem funcionar como lubrificantes. Portanto, um pouco de azeite e nozes, por exemplo, podem ajudar nesse processo.
Sempre antes de começar a fazer qualquer tipo de dieta ou reeducação alimentar procure um profissional qualificado.
Fonte: Drauzio Varella, physio-terapia.blogspot, rgnutri, equilibriofisioterapiaepilates.blogspot

July 23rd, 2012 by Revista Pilates 
PRATIQUE PILATES STUDIO - SETE DE SETEMBRO, 4698, BATEL 

terça-feira, 14 de maio de 2013

O Pilates é uma ótima indicação para a Terceira Idade



Envelhecer não deve ser sinônimo de incapacidade. É possível aproveitar a vida quando se está numa idade avançada. Uma ótima maneira de se fazer isso é praticando atividades físicas. A melhoria das condições de saúde e a crescente expectativa de vida no mundo, bem como no Brasil, acarretou o crescimento da população da terceira idade e com isso, a elevação de doenças relacionadas a esse período de vida.
Nosso corpo vai sofrendo naturalmente, a perda do equilíbrio devido aos desvios posturais decorrentes da idade, os ossos ficam mais fracos e dores articulares podem aparecer com freqüência e está comprovado que a prática regular de exercícios minimiza este efeito do tempo. Tudo isso consiste na capacidade de manutenção da postura estável, com ou na falta de movimento, onde cada alteração está diretamente relacionada à elevada incidência de quedas observada, o que é, atualmente, uma das preocupações dos órgãos de saúde, tanto pela freqüência, quanto pelas conseqüências em relação à qualidade de vida.
Estudos demonstram que idosos sedentários apresentam uma maior prevalência de quedas. A literatura é unânime quanto aos benefícios de uma atividade física bem orientada e balanceada para a terceira idade.
O Pilates é uma boa indicação como prevenção de quedas em idosos, já que o método enfatiza a melhoria da força muscular, equilíbrio e flexibilidade. Os movimentos suaves das sessões fazem com que a prática seja cada vez mais recomendada para a terceira idade. Cabe lembrar que qualquer prática de atividade deve ser acompanhada por profissionais qualificados para que cada indivíduo seja tratado de forma individualizada levando sempre em consideração as condições clínicas e físicas de cada pessoa.
O Pilates estimula a produção e a demanda de cálcio para os ossos que possam estar fragilizados, proporcionando lubrificação e aumento da amplitude dos movimentos para as articulações acometidas, respeitando os limites e avanços de cada um dentro das aulas.
Um dos resultados não é só uma coluna mais saudável, mas também forte. Através os exercícios o equilíbrio é restabelecido, restaurando as conexões responsáveis pela sensação de segurança ao caminhar ou a realizar as atividades do dia-dia por exemplo.
Os exercícios focam, sobretudo, as musculaturas mais profundas, tais como o transverso do abdômen, multifídios e paravertebrais, que são responsáveis pela estabilização da coluna e do assoalho pélvico. As aulas de Pilates resgatam a flexibilidade, um dos principais problemas nesta faixa etária, nas mulheres. A prática ainda pode evitar patologias como: queda de bexiga, disfunção do assoalho pélvico, em que os músculos da região pélvica ficam fracos.
O Pilates incentiva a vontade de aprender e viver, proporcionando melhor qualidade de vida. Através dele os idosos podem resgatar a confiança em si mesmo, valorizando-se mais e desfrutando melhor das coisas boas que a vida tem a oferecer.

Boas Aulas!
March 2nd, 2012 by Revista Pilates
Por Rafaela Porto

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quarta-feira, 1 de maio de 2013

Os benefícios do Pilates durante a gestação

 
Um dos benefícios com a aula é o fortalecimento muscular equilibrado de todo o corpo. Além disso, o método resgata a importância da respiração correta



 
foto: chico audi
Uma gestação normal tem a duração de 38 a 42 semanas. O primeiro trimestre a mãe já começa a sentir os sintomas da gravidez: alterações emocionais, aumento do tamanho e sensibilidade das mamas, amento da diurese e do cansaço, desidratação, alteração da temperatura corporal, câimbra muscular, podendo sentir também náuseas e vomitar.
Já o segundo trimestre é uma fase em que a gestante se sente muito bem, com mais disposição que antes. É o período em que a barriga se torna visível e a mulher começa a sentir os movimentos fetais entre a décima nona e vigésima semana. Devem evitar ficar muito tempo em pé, pois as gestantes podem ter problemas de equilíbrio. É indicado começar trabalhar mais os músculos da região da cintura escapular nesse período.
Nos últimos 3 meses surgem os maiores desconfortos para a gestante: falta de ar, dificuldade para encontrar uma posição para dormir, constipação intestinal, micção frequente, inchaço nos pés e pernas, dores na região lombar. A partir do sétimo mês as contrações se tornam regulares.
Ao final da gestação os músculos abdominais estão em seu limite de extensibilidade fazendo com que sua origem (crista ilíaca e sínfise púbica) e inserção (cartilagens da quinta, sexta e sétima costelas e processo xifóide do externo) fiquem mais afastadas do que o normal.
Por meio da atividade física, a gestante poderá diminuir as diversas dores de origem musculoesqueléticas, em razão do fortalecimento de músculos fracos e alongamentos de músculos tensos, levado a uma postura mais adequada. O exercício aumenta o gasto energético controlando o peso corporal da gestante, evitando uma maior sobrecarga articular em virtude de um peso corporal excessivo.
No caso de uma grávida sedentária, ela deverá iniciar um treino de atividade física após o terceiro mês, pois é quando o bebê está quase que totalmente formado. E uma grávida ativa não precisa esperar até o terceiro mês, com a liberação médica o trabalho é continuado.
O Pilates respeita o grau de condicionamento físico do aluno e, por isso, é possível realizar variações nos exercícios que podem adequar-se para o iniciante, intermediário e avançado. Durante as sessões também não encontramos contra-indicações. No entanto, durante a execução do exercício, consideramos várias limitações, por exemplo, caso o aluno esteja com alguma dor, problema de coluna e até mesmo no caso de gravidez. Em todas essas situações, adaptamos a aula para que os objetivos do aluno sejam atingidos.
Veja como é a postura da gestante:
- Cabeça anteriorizada
- Rotação interna dos úmeros
- Músculos peitorais encurtados e fortes
- Músculos dorsais fracos e alongados
- Músculos abdominais estirados
- Hiperlordose
- Sacro nutado
- Musculatura lombar e flexora do quadril curta e tensa
- Rotação lateral dos fêmures
- Hiperextensão dos joelhos
- Peso do corpo para o calcanhar

Pensando nessa postura começamos a ver como o Pilates se torna importante no período gestacional. Um dos benefícios com a aula é o fortalecimento muscular equilibrado de todo o corpo, aplicando exercícios para diversas musculaturas (tronco, pernas, quadril, braços e em diferentes posições). Estima-se que existam mais de 500 variações de exercícios no Pilates.
Além disso, o método resgata a importância da respiração correta. Devido à vida agitada, estresse diário, entre outros fatores, as gestantes passam a respirar mais rápido e de forma incompleta, ou seja, o ar não chega a atingir a parte inferior do pulmão, região onde as trocas de oxigênio são mais eficientes. 
Cuidados durante a prática do Pilates na gestação:
- Exercícios com movimentos repentinos ou saltos.
- Evitar exercícios em decúbito dorsal por mais de 3 minutos após o quarto mês, evitando a síndrome hipotensiva sintomática em decúbito dorsal (o peso do bebê pode comprimir as vias de circulação sanguínea como a aorta e veia cava inferior, dificultando o retorno venoso da mãe e do bebê), preferir decúbito dorsal apoiando os cotovelos no chão.
- Exercícios de muito contato físico, competitivo, com bolas.
- Flexão ou extensão excessiva de qualquer segmento corporal, já que o corpo da grávida está sob o efeito progressivo da relaxina evitamos assim o aumento da instabilidade da gestante (nesse caso dar mais atenção na ação dos multífidos e transverso do abdômen).
- Observe o uso excessivo dos adutores (pode causar cisalhamento no púbis).
Dentre algumas vantagens estão também:
- Fortalecimento da parede abdominal; diminuição das tensões geradas nos músculos.
- Fortalecimento dos músculos dos membros superiores para futuramente carregar o bebê e ajustar o corpo ao aumento de peso e volume das mamas.
- Mobilização da coluna lombar, que perde sua curva natural durante a gestação, aliviando assim as dores.
- Fortalecimento da musculatura das pernas, aumentando a circulação sanguínea.
- Melhora no sono, na concentração e toda a mecânica respiratória.
- Conforme a mãe controla melhor o seu peso, praticando Pilates, o crescimento do útero e do bebê será adequado, além de receber endorfina (hormônio do relaxamento) que contribui para o bem estar dele. 

Por Rafaela Porto - Coordenadora Técnica Pilates Studiofit